quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Um mergulho no Mediterrâneo

Imagine você que daqui alguns anos vai ficar meio difícil dar um mergulho no mar e não sair com uma gosma pendurada no seu maiô.
A meleca que anda aparecendo nas águas do Mediterrâneo é um material orgânico de coloração branco-amarelada, e segundo cientistas da Universidade de Marche, na Itália, o muco já aparecia na região durante os dias mais quentes do verão, o problema é que está surgindo no inverno também. Os pesquisadores de Marche acreditam que a aparição se deve ao aumento de temperatura dos oceanos.
Uns dizem que a gosma é inofensiva, mas outros acreditam que pode deixar doentes peixes e seres humanos que entrarem em contato com ela.
Vai saber...ecati! Na dúvida, prefiro distância.
Essa matéria pode ser lida no blog da National Geographic. Aproveite!

http://news.nationalgeographic.com/news/2009/10/091008-giant-sea-mucus-blobs.html

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Problemas de saúde relacionados com o aquecimento global.

Adriana Guedes, mestre em neurociências e comportamento.

As modificações no clima geram uma série de alterações na homeostase ambiental, e com isso afetam nossa saúde e o ambiente. Mas o ambiente, por sua vez modificado também afetará nossa saúde. É meio aquela história, se ficar o bicho pega e se correr o bicho come.
Alguns estudos começam a surgir tentando prever os tipos de modificações no ambiente que influenciarão de forma negativa nossa saúde.
Um dos impactos ambientais que afetarão, segundo Boris Kempla da Academia de Ciência da Eslovaquia, nossa saúde é o aumento de duas doenças provenientes do antavirus. O antavirus pode produzir febre hemorrágica com sindrome renal e sindrome cardiopulmonar. O antaviírus é um vírus emergente, descoberto na decada de 1950, derivado do rio Hantan, localizado na Coréia do Sul, onde foi isolado pela primeira vez. O antavírus é um tipo de zoonose, portanto, transmitidas por roedores.
Os surtos de malária são outro problema que vem sendo associado ao aquecimento global no meio científico, bem como leptosprose, dengue, dentre outras.
A mudança de temperatura também possui muitos outros efeitos em nosso corpo. Um deles é a sensibilidade aos estímulos dolorosos, isso mesmo, a dor. Estaremos mais suceptíveis a dor, segundo pesquisadores da Universidade de McGill aqui de Montreal, Canadá.
Contudo, vale lembrar que são previsões possiveis de ocorrerem, pois nada é garantido. Existe a possibilidade de extições de determinadas espécies mudarem completamente o rumo da nossa saúde, tanto em nosso benefício ou não. O balanço de todas essas modificações é algo difícil de avaliar.
Os debates em relação ao aquecimento global, em sua maioria das vezes, é voltado para os efeitos econômicos e climáticos, e em geral os ecologistas gostam de culpar as empresas e o mau comportamento do ser humano em relação a sua própria casa. Mas vale ressaltar, que o aquecimento global vem de antes do surgimento do ser humano na face da terra, o problema todo é que além da colaboração do ser humano, o aquecimento global ocorre em progressão geométrica.
Com certeza as mudanças climática são imprevisíveis, mas a esperança é a última que morre, não é mesmo?

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Gripe mexicana! Epidemia ou pandemia?

Publicado no Jornal Hoje, quarta-feira, 29 de abril de 2009.
edição 5344
Adriana Guedes - mestre em neurociências e
comportamento - apguedes@usp.br

Quem quiser pode pegar e copiar, mas se for usar não esqueça de me citar ok?!

O quanto se deve preocupar com a gripe suína irá depender de quão a gripe é forte e qual seu modo de contágio. Além disso, também é importante saber qual a eficiência que o vírus possui para se espalhar. Avaliar os sintomas que as pessoas possuem, se podem estar contaminadas ou não, não é exatamente eficiente, pois um vírus possui a capacidade de se espalhar antes mesmo das pessoas apresentarem sintomas.
Uma questão intrigante para as autoridades é de que os infectados pelos vírus da gripe suína, tanto no México como nos Estados Unidos, não pareciam ter contato direto com suínos. Um fato é que os vírus suínos da gripe já saltaram dos porcos aos seres humanos há muito tempo sem causar pandemia, pois não eram bons o bastante para se espalharem.
O senhor James Wilson, chefe-científico da empresa Veratec, uma empresa de biovigilância, alertou a Organização Mundial de Saúde há um mês, informando que a comunidade de La Glória estava sofrendo de um quadro anormal de gripe e pneumonia, onde 400 pessoas foram atendidas com possíveis sintomas da doença. Em virtude dessa lentidão das autoridades mexicanas, a possibilidade da gripe ter se alastrado mais do que o necessário também é verossímil.
Muitas pessoas estão preocupadas com a possibilidade de consumo de carne suína em função da possibilidade de se contaminarem. Este vírus recebeu o nome de gripe suína, pois uma de suas proteínas de superfície é bem similar aos vírus que normalmente contaminam porcos. Isto necessariamente não quer dizer que venha dos porcos. Sabe-se também que os vírus da gripe nos suínos são susceptíveis às drogas antivirosas, mas isso é apenas mais uma esperança, pois às vezes um vírus novo pode criar resistência aos fármacos e assim não se sabe quanto tempo e qual será a eficiência das drogas.
Logicamente nunca, jamais, ainda mais com poucas informações como nós temos, pode-se descartar a possibilidade de uma pandemia. No entanto, existem medidas que são tomadas para que essa epidemia da gripe mexicana não se torne uma pandemia, e todas essas medidas têm sido tomadas. Grande parte dos países possui plantas pandêmicas, isto é, possuem medidas para que uma epidemia não se alastre mundialmente como aplicação de vacinas, drogas e distância social. O México tem se cabido de várias medidas, como proibindo recolhimentos públicos e fechando escolas, bem como áreas afetadas.
Por ser um vírus novo, o medo se alastra muito rapidamente, tem feito muitas vítimas em pouco tempo, por isso todos se preocupam com a possibilidade de uma pandemia. A gripe evolui constantemente, em geral são pequenas alterações de suas proteínas de superfície, existem diferenças consideráveis a cada ano que se fica gripado. Por isso, apesar de se ter o conhecimento de ser uma gripe, ainda assim não se pode estimar a extensão dos danos em nível mundial.
Gripe é uma doença infecciosa aguda que afeta mamíferos e aves. Em seres humanos, os sintomas são bem conhecidos. Existem algumas gripes que são mais graves e podem causar pneumonia e até a morte em crianças pequenas e idosos. A gripe espalha-se ao redor do mundo em epidemias.
No século XX tivemos três pandemias advindas do vírus influenza: a gripe espanhola (1918-1919), a gripe asiática (1957) e de Hong Kong (1968) e a gripe russa (1977).
A gripe espanhola foi um pesadelo, caracterizada por ser do tipo A, subtipo H1N1. Segundo estimativas, morreram de 50 a 100 milhões de pessoas ao redor do mundo; uma devastação que pode ser comparada à da peste negra. A pandemia da gripe espanhola espalhou-se de forma tão eficiente que alcançou o Ártico e ilhas remotas do pacífico. A poderosa gripe espanhola matou de 2 a 20% dos infectados. Isso supera em muito o potencial do HIV, que matou a mesma quantidade em 25 anos. A gripe russa de 1977 também fez 1 milhão de vítimas. Ninguém sabe ao certo qual cepa de vírus que causou essa gripe, especulam a possibilidade do subtipo H2N2.
Sabe-se da ocorrência de outras epidemias como em 1999, do H9N2, que ocorreu em Hong Kong, do H7N7 na Holanda em 2003 e 2004, H7N3 no Canadá. Agora é preciso ter paciência e esperar as informações serem liberadas pelas autoridades envolvidas e, se possível, adiar sua viagem para o México.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Rap inteligente! Onde?

No You tube, procure pelo nome LHC RAP - Brasil
Ou vai direto no link aqui:
http://www.youtube.com/watch?eurl=http%3A%2F%2Fsuper.abril.uol.com.br%2Fblogs%2Fcienciamaluca%2F127421_post.shtml&feature=player_embedded&v=NDfC7QHzMzQ&gl=US

Beijocas, Galera

Drica

Nada de mastrubação!!!!

Aparelho para tratar a incontinência urinária e anti-masturbação.
E aí você tentaria um tratamento desses? Veja no endereço:
//www.newscientist.com/article/dn16641-a-dozen-bizarre-devices-from-medicines-dark-past.html
Só de olhar assusta não é verdade. O Jugum pênis é um aparelho que foi inventado em 1880 e, se não estão enganados os dados foi utilizado até 1920, isso mesmo, utilizado, assegurava um óoooooootimo tratamento contra a incontinência noturna e, de quebra, impedia a masturbação.

Porque o horário de verão incomoda a tantos.

Adriana Pereira Guedes é psicóloga, mestre em neurociências e comportamento e professora na FAG em Cascavel.
(publicado: Jornal Hoje, Cascavel, 16 de novembro de 2003, pág 09)

O tempo não é mais um elemento importante apenas em estudos de ciências físicas. Ele passou, aos poucos a ser compreendido como um elemento importante dentro dos estudos de Psicologia e Biologia, pois está estreitamente relacionado com o desenvolvimento e funcionamento dos organismos vivos. Isto pelo fato de haver um tipo de marcador interno do tempo em nós, um relógio biológico.
A ciência que estuda o relógio biológico é chamada de Cronobiologia. Essa ciência ensina que o relógio biológico serve para entender como o tempo organiza tudo o que é vivo no mundo. Esse relógio parece ser universal e quem o controla é o nosso planeta, que gera movimentos geofísicos que contém diversas durações como dia e noite, estações do ano, etc.
J.J. Mairan foi um dos primeiros estudiosos dessa área a pensar na possibilidade da existência de um relógio biológico. A idéia surgiu da observação do movimento regular de abertura e fechamento das folhas de sentiva (provavelmente Mimosa pudica) em uma janela junto ao telescópio, Mairan resolveu levar o vaso para o porão de sua casa e colocá-lo em um baú. Em condições de ausência de luz constante percebeu que, apesar do baú fechado, o movimento de abertura e fechamento das folhas não haviam findado. A partir daí os estudiosos da época foram compreendendo que o mecanismo era endógeno.
Um pesquisador chamado Halberg, em meados de 1959, introduziu o termo circadiano, que nos estudos de ritmos biológicos refere-se aos ritmos com períodos endógenos próximo de 24 horas. Isto porque, na realidade, o dia sideral possui 23 horas, 56 minutos e 4 segundos, e o dia solar possui 24 horas e 4 minutos, não sendo constante ao longo dos anos. De acordo com alei de Kepler, o planeta possui movimento acelerado com aproximação do Sol. Tendo em vista tais fatores, resolveu-se adotar o período de 24 horas para o valor do dia solar.
Os ciclos são fenômenos que se repetem de tempos em tempos e estão relacionados com a imagem de avanço do tempo em círculos ou em espiral. Os ciclos expressam-se de forma clara nos organismos, através de hábitos diurnos e noturnos, sono e vigília, reprodução, como no comportamento social ou de organização de seres vivos com as funções celulares.
Assim, quando chega o horário de verão, e nós atrasamos nosso relógio em uma hora, não quer dizer que também estamos atrasando nosso relógio biológico, e é por isso que muitas pessoas não se sentem bem. Com o atraso do relógio em uma hora, ocorre uma demora no reajuste, ou nem ocorra de fato essa alteração em nosso organismo. Sendo assim, as diversas alterações nos esquemas corporais endógenos prejudicam significativamente o nosso sono, a produção no trabalho, no horário de alimentação, aumentando a possibilidade de acidentes de trânsito e, portanto, em nosso bem-estar.
O relógio biológico encontra-se em nosso cérebro e é controlado pelo núcleo supraquiasmático e pelo hipotálamo. Sabendo disso, muitas ciências que compõe a ‘area de neurociências interessam-se pelos estudos desenvolvidos pela cronobiologia, uma delas é a Psicologia.
O pesquisador Peter Hartocollins, em 1972, iniciou uma discussão interessante. Ele diz que a noção de tempo é resultado da integração de duas áreas do desenvolvimento psicológico: a função de ego (entendido com “eu” psicológco) e a percepção do espaço. Ou seja, ele acredita que as relações espaciais como movimento, simultaneidade e sucessão, além de estados primitivos motivacionais, fornece a explicação para o entendimento da internalização da relação como objeto, conceitos estes desenvolvidos por Freud e Melaine Klein.
Desse ponto de vista, podemos compreender porque, no Horário de verão, ocorrem muitos acidentes de trânsito, acidentes de trabalho e diminuição na produção das empresas, mas não conseguimos compreender o fato do governo manter o horário de verão, mesmo sabendo do prejuízo à saúde que esse trás para os indivíduos. Será que a economia é mais importante do que a saúde das pessoas?

terça-feira, 31 de março de 2009

De louco todo cientista tem um pouco

Por Adriana Guedes ( quem? eu mesma!)
psicóloga e neurocientista - apguedes@usp.br


Publicado no Jornal Hoje - Edição nº 5294- quarta-feira, 11 de março de 2009

Nem tudo nas ciências são louros, meu caro. Existe cada coisa no mundo científico que nos dá arrepio ou que podem causar boas gargalhadas. De médico e louco todo o mundo tem um pouco, disso ninguém duvida, mas que de louco todo cientista tem um pouco também não há de se duvidar.
Em 1962 ocorreu um experimento bizarro que acabou sendo título de um livro escrito por Alex Boese, Elephants on acid, onde o diretor do zoológico em Oklahoma Lincoln Park injetou uma dose absurdamente alta de LSD em elefantes Tusko. Como objetivo científico, alegou que fora injetado LSD nos elefantes a fim de descobrir se a droga possuía a capacidade de bloquear o efeito musth. O efeito musth é conhecido por tornar os elefantes agressivos em função de uma descarga glandular. O problema desse experimento é que injetaram uma dose 3 mil vezes maior do que a dose utilizada para fins recreativos. O que aconteceu com o elefante? Virou-se, soltou um berro e morreu em menos de uma hora. A experiência pode concluir com grande facilidade que os elefantes Tusko são muito sensíveis ao LSD. Em seu livro, Boese apresenta mais uma lista de 20 experimentos bizarros.
Em 2001, a Universidade de Iowa publicou estudo se desculpando pelos experimentos realizados por Wendell Johnson e sua estudante de graduação Mary Tudor. O experimento consistia em provar os efeitos da teoria da fala positiva. Nesse experimento, Wendell utilizou 22 crianças órfãs para testar a força da fala positiva no comportamento das crianças. Separando as crianças em grupo experimental e controle, Mary elogiou um grupo e depreciou o outro quanto à maneira de falar, dizendo que essas eram crianças gagas. O resultado do experimento é curiosamente alarmante, pois as crianças que receberam o tratamento negativo no experimento sofreram de efeitos psicológicos negativos, sendo que algumas delas apresentaram problemas de fala durante toda a vida.
A “News Scientist” é uma revista que traz esse tipo de matéria científica que vai do curioso ao bizarro, do útil ao inútil descoberto pela ciência. Uma das últimas matérias apresentadas nesse último dia 23 de fevereiro na qual relata que a investigadora Rochelle Buffenstein e alguns colegas da Universidade do Texas do centro de ciência da saúde em Santo Antônio extraíram tecidos vivos de toupeiras e ratos criando uma nova criatura um tanto assustadora.
Logicamente, a ética às vezes falta e isso é um grandioso problema. Mas como tudo tem os dois lados da moeda, é claro que também de experiências estranhas saem conclusões inusitadas que às vezes são úteis para a sociedade, nos causam arrepios ou às vezes nos fazem rir, é impossível deixar de admitir que a loucura parece andar muito próxima dessas mentes maravilhosas.
Obviamente, essas ideias brilhantes são fruto de pessoas que não aceitam o senso comum como resposta para as coisas da vida. O mistério permanecerá, onde começa a genialidade e termina a loucura?

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

O efeito da música country no suicídio

Os cientistas Steven Stack e Jim Gundlach estão contribuindo para ciência com o levantamento de informação a cerca do efeito da música country na taxa de suicídio. Para obter esse tipo de informação os cientista avaliaram 49 áreas metropolitanas onde está presente a música country, o infeliz desta pesquisa é não considerar determinadas contingências que contribuem para a ocorrência do suicídio como pobreza dentre outros fatores.

Terapia da fala positiva

Em 2001, a Universidade de Iowa publicou um estudo se desculpando pelos experimentos realizados por Wendell Johnson e sua estudante de graduação Mary Tudor. O experimento consistia em provar os efeitos da teoria da fala positiva. Nesse experimento Wendell utilizou 22 crianças órfãs para testar a força da fala positiva no comportamento das crianças. Separando as crianças em grupo experimental e controle, Mary elogiou um grupo e depreciou o outro quanto à maneira de falar, dizendo que essas eram crianças gagas. O resultado do experimento é curiosamente alarmante, pois as crianças que receberam o tratamento negativo no experimento sofreram de efeitos psicológicos negativos sendo que algumas delas apresentaram problemas de fala durante toda a vida.

Cloaca nº 5

O belga Win Delvoye, que se considera artista, construiu uma máquina que reproduz o complicado funcionamento do sistema digestivo humano. Ela tem como única função a de fazer cocô. Isso mesmo!
Na estranha máquina é posto vários restos de alimentos e ao final ela produz um cocô embalado a vácuo que até pode ser emoldurado! A minha única questão é em que fase psicossexual retratada por Freud Win encontra-se, possivelmente a anal imagino.